Supla diz que o melhor trabalho de um artista ocorre quando ele oferece seu máximo, e é nesse ritmo que lança seu 20° álbum em quase 40 anos de carreira. Nada Foi em Vão tem 15 faixas, 13 delas inéditas.
“Não dá para fazer porque quero agradar esse ou aquele. Quero ser o mais honesto possível. Esse é o meu melhor”, afirmou a CartaCapital.
O novo trabalho foi gravado com o Punks de Boutique, grupo que o acompanha há três anos e meio e já esteve no álbum anterior de Supla, Transa Amarrada (2023). Integram a banda Filipe Lima (bateria), Eduardo Hollywood (baixo) e Henrique Cabreira (guitarra).
Nada Foi em Vão tem punk rock, rock, metal e balada. Há músicas com pitadas de humor e temas atuais.
Em Queixo Novo, por exemplo, há críticas à inteligência artificial e à harmonização facial indiscriminada. Médico Monstro, por outro lado, cita doutores criminosos que molestam suas pacientes em fragilidade. “Toda hora vejo essa notícia chegando. Meu trabalho é falar das coisas que sinto.”
Para explicar o fato de suas composições alternarem músicas de humor e outras sobre questões contemporâneas, Supla diz haver momentos para rir e ocasiões para demonstrar seriedade.
Nada Foi em Vão, a faixa-título do álbum, é uma balada de Supla em parceria com Tatiana Prudêncio. Já as regravações são de dois clássicos dos anos 1960: Be My Baby, gravada por The Ronnettes, e Raindrops Keep Fallin’ on My Head, de Burt Bacharach.
Participam de três faixas Marc Orrell, guitarrista e ex-integrante da Dropkick Murphys — banda da cena punk americana — e Jeff Roffredo, baixista do grupo de reggae The Aggrolites.
O disco chegou ao público em vinil, como já havia acontecido com o álbum anterior de Supla. “É como se fosse um souvenir. E tem a concepção do álbum. Vem quem tocou, quem escreveu.”
Supla se apresentará ao lado da banda de punk rock Inocentes, em 7 de setembro, no festival The Town, em São Paulo.
Assista à entrevista de Supla a CartaCapital: