A morte da menina Alicia, nos deixou estarrecidas…

Uma criança de 11 anos morrer por ter sido espancada na escola, lugar onde as famílias, em especial as mães acreditam que estariam protegidas, revela o nível de degradação da sociedade. É indignante essa violência brutal vinda de colegas e, embora ainda esteja sob investigação, as agressões teriam sido iniciadas pela recusa de Alicia em “ficar” com um menino.

Que sociedade é essa!?

As agressões às mulheres têm sido tema constante nos noticiários, com o agravante da brutalidade com que vem ocorrendo.

Vários fatores combinados concorrem pra isso.

O discurso misógino e machista da extrema direita de Bolsonaro e seus comparsas que se debruçam em projetos de lei que avançam sobre a autonomia do corpo da mulher como a PL do estuprador. Recentemente, na Câmara do Recife, foi apresentado um projeto de lei obrigava as mulheres ouvir as batidas do coração do feto antes de realizar o aborto legal, uma tortura. Mas foi derrubado pela mobilização das feministas.

Essas “ideologias” tomam concretude em lei e alimentam a objetificação do corpo da mulher. Em especial as meninas, maiores vítimas de estupros onde a maioria são as meninas negras.

Por outro lado, as alianças do governo Lula com o Centrão e a ultradireita no Congresso fortalece esse setor e sua ofensiva aos setores oprimidos. corroborando com esse quadro.

Em 2024 apenas 14% do orçamento destinado ao combate a violência de gênero foi executado. Em 2025 o orçamento sofreu um corte de 68% passando de 162 milhões para 52 milhões.

E aqui em Pernambuco, Raquel Lyra investe no combate a violência, menos de 6 reais por mulher, o resultado são os altos índices de violência no nosso estado.

Mas, indo mais longe, em 2014, foi aprovado pelo Senado e sancionado pela então presidenta Dilma um PNE (Plano Nacional de Educação) em que foi retirado do texto original debatido exaustivamente pelos movimentos sociais os termos “gênero” e “diversidade sexual”. Hoje, 10 anos, depois colhemos os frutos dessa omissão, o aumento da misoginia e do machismo entre meninos e jovens.

O machismo e toda forma de opressão é utizado pelo capitalismo para dividir a nossa classe e explorar ainda mais o setor oprimido. Por isso é preciso destruir esse sistema.

A indignação pela morte de Alicia é muito dura e pode nos abater. A resposta deve ser o enfrentamento organizado, para cobrar e garantir dos governos

-Mais verbas para o combate à violência de gênero
– Educação sexual e de gênero nas escolas, com recursos destinado a esse fim, com formação séria para professoras e professores. Sem o setor privado da educação que vem roubando nosso tempo e energia com uma educação mecanicista que não humaniza essa geração

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Governo Lula,

Last Update: 14/09/2025