Em um comunicado oficial publicado nessa sexta-feira (13), o governo da República Islâmica do Irã classificou o bombardeio israelense como uma “agressão terrorista” e afirmou que “a vingança está mais próxima dos sionistas do que a veia jugular”.

O bombardeio, ocorrido na madrugada do dia 12, teria atingido múltiplas localidades em Teerã, Tabriz, Ilam e Kermanshah, provocando a morte de civis, cientistas e comandantes da Guarda Revolucionária.

O governo iraniano afirmou que “Israel” ultrapassou todos os limites da legalidade internacional, chamando o Estado sionista de “regime ilegítimo” e “terrorista por essência”. “Não se deve falar com um regime predador como este a não ser na linguagem da força”, afirma o texto.

“Começar uma guerra com o Irã é brincar com o rabo do leão”, diz o comunicado, que lembra que o país não iniciou nenhuma guerra nos últimos dois séculos, mas que está pronto para defender sua soberania a qualquer custo.

O governo do Irã reforça que o ataque uniu o país como raras vezes na história recente. Segundo o comunicado, não há distinção entre povo, governo e Estado diante da agressão: “todos nós, mais unidos e coesos do que nunca, responderemos com firmeza a esse regime terrorista e assassino de crianças”.

O comunicado também justificou a importância do programa nuclear iraniano como uma resposta à hostilidade permanente:

“O mundo entende agora, melhor do que nunca, por que o Irã insiste em seu direito ao enriquecimento, à tecnologia nuclear e ao poder de seus mísseis”, declarou o governo. “Não começamos esta guerra — mas o seu fim será escrito pelo Irã.”

Até o fechamento desta edição, várias informações não oficiais indicavam que o Irã havia iniciado a retaliação enviando 800 veículos aéreos não-tripulados (VANTs) para enfraquecer o sistema de defesa aérea israelense. Além disso, o exército iraniano teria lançado mísseis de cruzeiro contra a entidade sionista.

Confira o comunicado na íntegra:

“A agressão noturna do regime sionista contra nossa pátria, o Irã, que resultou no martírio de cidadãos, comandantes e cientistas queridos, provou que esse regime ilegítimo não respeita nenhuma norma ou lei internacional e, como um sino bêbado, pratica o terror de maneira oficial e descarada.

Começar uma guerra com o Irã é brincar com o rabo do leão. Embora nós, iranianos, não tenhamos iniciado nenhuma guerra nos últimos duzentos anos, jamais hesitamos em defender nossa pátria — e não hesitaremos agora.

A agressão de “Israel” contra os céus sagrados do Irã e o covarde assassinato de comandantes iranianos comprovaram que esse regime é, por essência, terrorista.

Agora nós, todos nós no Irã — o povo, o governo e o Estado — podemos gritar mais alto do que nunca que os sionistas são terroristas e agressores. Consideramos a vingança e a defesa como nosso direito legítimo e, mais unidos e coesos do que nunca, sem qualquer diferença política entre nós, responderemos com firmeza a esse regime terrorista e assassino de crianças.

Defender esta água, este solo, este céu, estas crianças, generais, cientistas e todos os cidadãos é responsabilidade e dever do governo da República Islâmica do Irã e de suas forças armadas, e não recuaremos nem um milímetro.

Não se deve falar com um regime predador como este a não ser na linguagem da força. O mundo entende agora, melhor do que nunca, por que o Irã insiste em seu direito ao enriquecimento, à tecnologia nuclear e ao poder de seus mísseis.

Vingaremos cada um dos nossos mártires e faremos da violação da soberania nacional do Irã um pecado imperdoável do usurpador “Israel”.

Conclamamos o Conselho de Segurança das Nações Unidas a defender sua dignidade e sua existência diante do colapso do sistema internacional — mas não esperaremos por essas instituições. A vingança está próxima; mais próxima dos sionistas terroristas do que a veia jugular.

Esta é a voz de uma nação e de um governo que conclama o mundo a testemunhar: não começamos esta guerra — mas o seu fim será escrito pelo Irã.”

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Last Update: 13/06/2025