O governo sírio afirma que defenderá seu povo “por todos os meios” após ataque israelense atingir área próxima ao palácio presidencial em Damasco
A presidência síria condenou veementemente, nesta sexta-feira (2), o ataque israelense que atingiu uma área próxima ao palácio presidencial em Damasco, afirmando que o país defenderá os direitos de seu povo “por todos os meios disponíveis”.
Em comunicado, a presidência síria declarou que “não abrirá mão de sua soberania ou segurança”, descrevendo o ataque como parte de uma série de ações hostis destinadas a minar a estabilidade e a unidade nacional.
O governo alertou que a agressão ocorre em meio a tentativas contínuas de inflamar crises internas e fragmentar a sociedade síria, conclamando a comunidade internacional e os Estados árabes a apoiarem a Síria no enfrentamento dessas “violações agressivas”.
A Síria reafirmou seu compromisso em combater tais ataques, que, segundo o comunicado, visam enfraquecer sua soberania, obstruir os esforços nacionais para restaurar a estabilidade e perturbar a segurança da população.
O texto acrescentou que agências de segurança estão conduzindo investigações necessárias e que as autoridades continuarão a adotar medidas firmes para neutralizar quaisquer ameaças ao território e aos cidadãos sírios.
A presidência também reiterou seu apelo para que todas as partes se comprometam com o diálogo e a cooperação no âmbito da unidade nacional, enfrentando tentativas de prolongar a crise ou interromper a reconstrução e as reformas no país.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Israel Katz, confirmaram em comunicado conjunto que Israel atacou na noite anterior as proximidades do palácio presidencial na capital síria.
O ataque ocorreu após confrontos violentos entre combatentes drusos locais e forças pró-governo ao sul de Damasco, que, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, já deixaram mais de 100 mortos.
O governo israelense descreveu o ataque como “uma mensagem clara ao regime sírio”, afirmando que “não permitirá o deslocamento de forças ao sul de Damasco nem qualquer ameaça à comunidade drusa”.