Na quinta-feira (22), o governo da Namíbia proibiu o navio de carga MV Kathrin, de bandeira portuguesa, de entrar em suas águas territoriais sob suspeita de que a embarcação transporta equipamentos militares e “material explosivo” para “o território israelense”.
A ministra da Justiça, Yvonne Dausab, declarou: “Sim, pedi à Namport, por meio do ministério competente, que considerasse o pedido de não permitir que o navio MV Kathrin atracasse em nossos portos. O pedido foi feito na quinta-feira”.
E acrescentou: “Ao receber relatórios de que um navio pode estar transportando armas destinadas ao território israelense, enviei uma carta ao Gabinete, ao ministério das relações internacionais, ao ministério das obras públicas, bem como ao ministério da segurança e defesa, aconselhando e lembrando-os de nossas obrigações internacionais, não apenas sob a Convenção do Genocídio, mas também conforme articulado na recente opinião consultiva da Corte Internacional de Justiça (CIJ)”.
O navio, de propriedade da empresa alemã Concord Shipping, havia solicitado permissão para atracar no porto de Walvis Bay antes de continuar sua jornada rumo ao norte, provavelmente em direção ao Mediterrâneo, via Estreito de Gibraltar. A Alemanha, após os EUA, é o país que mais fornece armas ao território israelense durante o genocídio em Gaza.