Na última segunda-feira (19), o líder da Aliança para a Unidade dos Romenos George Simion, solicitou ao Tribunal Constitucional da Romênia a anulação do segundo turno das eleições presidenciais, realizado no domingo (18), alegando fraude e interferência estrangeira. Simion, que obteve 46,4% dos votos, perdeu para o prefeito de Bucareste apoiado pelo imperialismo Nicusor Dan, que conquistou 53,6%.
A eleição foi marcada por escândalos, especialmente após a anulação de uma votação anterior, em que o candidato de direita Calin Georgescu que liderava o pleito, foi barrado por supostas irregularidades e interferência russa, o que não foi comprovado, tendo sido negado por Moscou. Simion, por sua vez, acusou França, Moldávia e outros governos estrangeiros de manipularem o resultado, citando transporte de eleitores da Moldávia e uma mensagem do presidente do Telegram Pavel Durov, denunciando a censura da extrema direita romena pela “democracia” imperialista.
A guinada abrupta e inesperada em favor de Dan, candidato apoiado pelos monopólios europeus, indica interferência nas eleições, conforme as denúncias. O caso expõe a determinação da União Europeia e dos países desenvolvidos, em geral, em atacar a soberania dos países atrasados sem nenhuma consideração pelos valores democráticos que dizem defender.