O julgamento histórico do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus por tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito entrou, nessa terça-feira (9/9), em sua terceira sessão no Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros Alexandre de Moraes, relator do processo, e Flávio Dino inauguraram a leitura dos votos, ambos firmes pela condenação de todos os acusados.
Na Câmara dos Deputados o assunto também foi repercutido. O deputado federal Paulão (PT-AL) destacou a gravidade do processo, ao lembrar que Bolsonaro foi um dos mentores de uma “organização criminosa” que não hesitou em atentar contra autoridades, entre elas o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes.
O petista também aproveitou o momento para enaltecer a democracia e disse que a população anseia por justiça, pela condenação de quem tentou aplicar golpe de Estado no país. “O Brasil, no seu processo histórico, na linha do tempo, já teve várias intervenções militares para cercear a democracia. Esse processo já passou, e é por isso que a sociedade brasileira compreendeu. Não há anistia para bandido! Seu lugar é na cadeia, e viva a democracia”, afirmou Paulão.
ANISTIAR GOLPISTA É DAR MAU EXEMPLO
Em discurso no Plenário da @camaradeputados, o deputado @paulaodopt (PT-AL) comenta o voto do ministro Alexandre Moraes, pela condenação de Bolsonaro e seu núcleo golpista, no julgamento no STF.
E afirma que o crescimento do apoio popular ao… pic.twitter.com/XxKkvELlt0— PT na Câmara (@PTnaCamara) September 9, 2025
Golpista na cadeia
Já o deputado federal Tadeu Veneri (PT-PR) criticou a proposta de anistia defendida por bolsonaristas. Para ele, trata-se de um “escárnio” sem precedentes, já que o texto pretende perdoar não apenas crimes cometidos, mas até mesmo “golpes futuros” que ainda possam ser tentados. “Eu nunca vi alguém pedir anistia para crimes futuros. A coisa é tão absurda. Os golpistas não apenas tentaram o golpe, foram derrotados e vão ser presos, como agora já tentam fazer com que os golpes futuros também possam ser anistiados. É caso único na história. Bolsonaro será preso, seus generais serão presos, porque o lugar do golpista é na cadeia”, sentenciou.
O parlamentar paranaense também endossou, “e essa anistia — presente, passada e futura — não passará. Porque o lugar do golpista e daqueles que atentaram contra a República é na cadeia”.
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Elisa Alexandre