
Enquanto consolidava sua posição como um dos principais aliados de Donald Trump durante 2024, participando de comícios e doando US$ 275 milhões para sua campanha, Elon Musk também aumentou significativamente seu consumo de drogas, segundo o New York Times. Fontes próximas ao bilionário relataram uso frequente de cetamina, ecstasy e cogumelos alucinógenos, além de um coquetel de medicamentos controlados, teria afetado sua saúde e comportamento durante seu envolvimento político.
Musk, de 53 anos, relatou a pessoas próximas que o uso excessivo de cetamina, anestésico com propriedades psicodélicas, chegou a causar problemas na bexiga, efeito colateral conhecido do consumo crônico. Ele também mantinha uma caixa de remédios com cerca de 20 comprimidos, incluindo Adderall (estimulante), segundo foto obtida por fontes e relatos de quem a viu.
Não está claro se o CEO da Tesla e SpaceX estava sob efeito de substâncias durante reuniões na Casa Branca, onde ganhou influência para cortar burocracias federais. No entanto, seu comportamento tornou-se errático e polêmico: em eventos públicos, insultou membros do governo, fez gestos associados a saudações nazistas e deu respostas confusas em entrevistas.
Musk já admitiu publicamente usar cetamina para tratar depressão, dizendo tomá-la “a cada duas semanas”. No entanto, fontes afirmam que seu consumo era muito mais intenso, às vezes diário, muitas vezes combinado com outras drogas em encontros privados.
“Se você usar cetamina demais, não consegue trabalhar, e eu tenho muito trabalho”, disse Musk minimizando o assunto ao responder o jornalista Don Lemon, em março de 2024
A FDA (agência reguladora dos EUA) alerta sobre os riscos da droga, que pode causar dependência, dissociação da realidade e danos à bexiga. A morte do ator Matthew Perry no fim de 2023, ligada ao uso de cetamina, aumentou os debates sobre seus perigos.

Crises pessoais e disputas familiares
Enquanto se aproximava de Trump, Musk enfrentava turbulências em sua vida privada. Ele mantém relacionamentos simultâneos e batalhas judiciais envolvendo a guarda de seus filhos.
Sua ex-companheira, a cantora Grimes (Claire Boucher), disputa na Justiça a custódia do filho X, de 5 anos, alegando que Musk violou acordos ao expor a criança em eventos políticos, incluindo visitas ao Salão Oval.
Além disso, a escritora conservadora Ashley St. Clair revelou em fevereiro que manteve um relacionamento secreto com Musk e é mãe de seu 14º filho conhecido. Ela recusou uma oferta de US$ 15 milhões para manter a paternidade em sigilo e agora luta por reconhecimento e pensão alimentícia.
Papel na vitória de Trump e ambições políticas
Musk tornou-se peça-chave na campanha de Trump, usando sua influência para atacar o governo Biden. “O governo Biden me vê como a ameaça nº 2, depois do Trump. Não posso ser presidente, mas posso ajudar Trump a derrotar Biden, e vou fazer isso”, escreveu antes das eleições.
Após a vitória republicana, Musk mudou-se temporariamente para Mar-a-Lago, participando de reuniões de transição e ajudando a estruturar o novo Departamento de Eficiência Governamental (Doge).
Seu comportamento público, porém, afastou antigos amigos. O neurocientista Philip Low, que já foi próximo a Musk, criticou-o após o gesto associado ao nazismo em um evento: “Elon vem extrapolando cada vez mais os limites de seu mau comportamento”.
O escritor Sam Harris também rompeu publicamente, acusando-o de espalhar desinformação e ter uma “bússola moral comprometida”.