Um novo capítulo entre as Big Techs e a extrema-direita será escrito na noite desta segunda-feira, quando o ex-presidente e candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, será entrevistado, por seu aliado, o magnata Elon Musk, em uma transmissão ao vivo na rede social X.
Será “sem roteiro e sem limites nos assuntos, então deve ser muito divertido”, escreveu Musk no domingo, que desde a aquisição do X – antigo Twitter – é acusado de usar a rede social como palanque para teorias da conspiração da extrema direita.
O candidato republicano foi banido da plataforma por quase dois anos após a invasão do Congresso dos EUA em 6 de janeiro de 2021, quando o Twitter ainda não havia sido comprado por Musk.
A entrevista, marcada para as 20h, horário do Leste dos EUA (21h do horário de Brasília), pode oferecer ao ex-presidente uma oportunidade de ganhar destaque em um momento em que sua campanha é vista como em declínio. Sua rival democrata para a eleição de 5 de novembro, a vice-presidente Kamala Harris, apagou a vantagem de Trump nas pesquisas de opinião e energizou os eleitores democratas com uma série de comícios emocionantes.
A entrevista, marcada para às 20h, horário do Leste dos EUA (0000 GMT de terça-feira), pode oferecer ao ex-presidente uma oportunidade de ganhar destaque em um momento em que sua campanha é vista como em declínio.
Sua adversária democrata para a eleição de 5 de novembro, a vice-presidente Kamala Harris, apagou a vantagem de Trump nas pesquisas de opinião e energizou os eleitores democratas com uma série de comícios nos estados em disputa.
Recentemente, Musk tem procurado influenciar o debate público em diversas discussões pelo mundo. Motins no Reino Unido, eleição presidencial da Venezuela, a forma como a Alemanha está lidando com o partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD) são apenas três exemplos recentes de como o bilionário se envolveu em debates políticos de outros países.
No Brasil, Musk chamou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de “ditador do Brasil” após o magistrado determinar a inclusão do bilionário como investigado no inquérito que apura a ação de milícias digitais que atentam contra a democracia. Moraes apontou que viu indícios de obstrução de Justiça e incitação ao crime nas ações de Musk.
No início de agosto, Musk entrou em conflito com o governo britânico ao sugerir no X que “a guerra civil é inevitável” no Reino Unido, após ataques a mesquitas e hotéis que abrigam pessoas que buscam asilo em todo o país.
Depois que um porta-voz do governo britânico repreendeu seus comentários, dizendo que não havia “nenhuma justificativa” para as observações de Musk, o bilionário redobrou seus ataques, insinuando que o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e a polícia britânica trataram manifestantes brancos de extrema direita com mais severidade do que minorias no país.