Apoiador do candidato republicano Donald Trump, o bilionário Elon Musk será investigado pela procuradoria-geral de Michigan, nos Estados Unidos, pelo seu fundo eleitoral recém-criado, o America PAC. A investigação seria por causa de possíveis violações das leis de privacidade e transparência do Estado, segundo reportagem da CNBC.
O fundo tem reunido informações detalhadas de eleitores de Michigan e de outros estados após os indivíduos colocarem seus dados pessoais por meio de uma seção no site do PAC que diz “registrar para votar”. A plataforma, entretanto, não diz o que faz com esses dados.
“Todo cidadão deve saber exatamente como suas informações pessoais estão sendo usadas pelos PACs, especialmente se uma entidade alega que isso ajudará as pessoas a se registrarem para votar”, disse o porta-voz da procuradoria-geral de Michigan.
Em julho, Musk anunciou que pretende doar 45 milhões de dólares por mês em um fundo que seria destinado a promover o registro de eleitores.
Embora as doações individuais de campanha nos Estados Unidos sejam limitadas a 3.300 dólares por pessoa, o sistema de financiamento de campanhas permite que megadoadores políticos contribuam para fundos conhecidos como comitês de ação política, ou “PAC”, que apoiam os candidatos.
Com uma fortuna líquida avaliada em 250 bilhões de dólares, Musk se aproximou de Trump durante a campanha eleitoral de 2024. Eles se reuniram em março durante um evento para doadores na residência do bilionário Nelson Peltz, na Flórida.
Desde que Trump sofreu uma tentativa de assassinato, Musk tem expressado publicamente sua preferência pelo candidato republicano. “Eu apoio totalmente o presidente Trump e espero por sua rápida recuperação”, escreveu no X, sua rede social.
Em 2020, Musk disse que votou em Joe Biden. Dois anos depois, entretanto, ele postou que as pessoas deveriam votar nos republicanos e fez críticas ao presidente Biden.