Estudo do Dieese mostra que a desigualdade persiste no mercado de trabalho brasileiro e a discriminação é manipulada pelo patronato para reduzir os salários da classe trabalhadora.
Em 2024, o salário de contratação real médio de todos os celetistas foi de R$ 2.178. O valor representou aumento real de 1,9% em relação ao ano anterior. As mulheres foram contratadas com salários médios 10% menores que os dos homens. Elas recebiam R$ 2.050 e eles R$ 2.270, respectivamente.
A diferença salarial variou entre os setores. Na construção, a disparidade foi menor, com salários de admissão quase semelhantes entre homens e mulheres. Já no setor de outros serviços, a diferença foi mais expressiva, alancando 15%.
Os maiores salários de contratação estavam na região Sudeste e os menores, no Nordeste, onde, por outro lado, a diferença salarial era menor entre homens e mulheres, de 4,4%.
O setor de informação, comunicação e atividades financeiras, mobiliárias, profissionais e administrativas apresentou, em 2024, o maior saldo de vínculos, com 384 mil admissões celetistas a mais do que o número de desligamentos.
Fonte: Dieese