Mulher é presa ao invés de ser socorrida após realizar aborto

Uma mulher de 19 anos foi presa em Rio Bananal, no Espírito Santo, após realizar um aborto em banheiro de uma unidade de saúde. Invés da clínica resgatar a mulher que passou pelo procedimento perigoso e traumático ela sofreu com a ditadura bolsonarista da polícia.

O caso ocorreu na quinta-feira (13), mas a mulher foi identificada na sexta-feira (14), quando retornou ao local passando mal. A Polícia Civil investiga as circunstâncias do aborto e possíveis envolvidos.

Segundo o delegado Fabrício Lucindo, a mulher ingeriu medicamentos para provocar o aborto e pode ser indiciada pelo crime, cuja pena varia de três meses a um ano de prisão. Caso haja participação de terceiros, essas pessoas também podem ser responsabilizadas. A perícia da Polícia Científica foi acionada para realizar exames no feto e esclarecer a causa da morte.

A jovem foi ouvida na Delegacia Regional de Linhares e liberada, pois não houve elementos suficientes para prisão em flagrante. O caso seguirá sob investigação pela Delegacia de Polícia de Rio Bananal..

É mais uma demonstração da ditadura que é imposta às mulheres com a criminalização do aborto. A mulher que passa por um processo traumático e desnecessariamente perigoso ainda corre risco de ser presa.

Se faz necessário ampliar a luta em defesa da legalização total do aborto no Brasil. Essa deve ser uma das principais reivindicações no dia 8 de março, Dia Internacional da Luta da Mulher Trabalhadora.

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