Imad Mughniyah foi um destacado comandante militar do Hesbolá. Durante sua trajetória, ele permaneceu oculto para a maioria das pessoas, sendo desconhecido por muitos tanto em nome quanto em cargo. Foi descrito como “a raposa” pelos inimigos devido à sua astúcia e experiência, o que o colocou na lista de alvos militares mais procurados pelos Estados Unidos e por “Israel”.
Imad Mughniyah nasceu em 7 de dezembro de 1962 na cidade de Tiro, no sul do Líbano, em uma família de origem palestina que posteriormente se mudou para o subúrbio sul de Beirute.
Por cerca de três décadas, foi um dos homens mais procurados pelos serviços de inteligência de “Israel”, devido a acusações de envolvimento em ataques contra embaixadas, alvos militares e sequestros de aviões.
No início de sua juventude, começou suas atividades no setor de segurança como membro do movimento do Fatá, quando este ainda estava instalado no Líbano. Em 1982, já era um dos principais encarregados da proteção dos líderes do movimento, entre eles Iasser Arafat.
Após a retirada das forças da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) do Líbano em 1982, Mughniyah ingressou no movimento Amal, mas não permaneceu por muito tempo.
Houve uma reviravolta crucial em sua vida quando, em 1983, ele se juntou à Resistência Islâmica no Líbano e desempenhou um papel fundamental nos primeiros anos da fundação do Hesbolá.
Graças ao seu desempenho excepcional, ele foi promovido a uma das figuras mais importantes da liderança do Hesbolá, sendo conhecido dentro do partido como Haj Radwan. Há quem o considere o comandante militar e principal estrategista do partido durante a guerra de julho de 2006.
Mughniyah permaneceu envolto em mistério até seu assassinato. Não era possível sequer afirmar com certeza se estava vivo ou morto, pois desaparecia e reaparecia constantemente. Chegou-se a especular que ele teria passado por cirurgias plásticas que alteraram completamente sua aparência.
Após os ataques de 2001, a inteligência norte-americana quintuplicou a recompensa por informações sobre seu paradeiro, elevando-a para 25 milhões de dólares. Um jornal israelense chegou a afirmar que ele era mais procurado do que o secretário-geral do Hesbolá, Hassan Nasseralá.
Antes de ser morto em Damasco, Imad Mughniyah sobreviveu a diversas tentativas de assassinato, sendo a mais notável a explosão de um carro-bomba no subúrbio sul de Beirute, na década de 1990, que acabou matando seu irmão Jihad.
Embora tenha escapado várias vezes, foi finalmente assassinado em 12 de fevereiro de 2008, em um atentado com carro-bomba em Damasco.
Logo após o ataque, o Hesbolá confirmou sua morte e acusou “Israel” de estar por trás do atentado, prometendo uma retaliação à altura do crime.