Por Greiciane Souza
Do coletivo de comunicação do MST-BA
Desde a segunda-feira (28), a Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto (EPAAEB), localizada no Assentamento Agroecológico Egídio Brunetto, em Prado, na Bahía, tem sido espaço para a realização do Seminário da Rede Produtiva da Farinha.
Cerca de 120 camponeses e camponesas de diversas áreas de acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária da regional extremo sul da Bahia participaram do evento. A atividade encerrou nesta quinta-feira (31), com uma síntese dos eixos de atuação que a Rede Produtiva de Farinha irá desenvolver nos próximos períodos.
Na programação que se estendeu por quatro dias, teve análise de conjuntura e a questão ambiental que abordou os desafios do atual momento político e do desenvolvimento da agricultura familiar e da reforma agrária para superação da crise ambiental.
Foi apresentado o debate e desenvolvimento do Plano Nacional Plantar Árvores Produzir Alimentos Saudáveis do MST, ressaltando atuação do movimento no estado com a centralidade de produzir alimentos e plantar árvores e da agroecologia na reconstrução do Brasil que o povo quer.
Além disso, a Rede Produtiva da Farinha da regional extremo sul da Bahia também apresentou o seu diagnóstico, construído a partir das realidades concretas das áreas de reforma agrária na regional, apontando avanços, gargalos e perspectivas para o fortalecimento da rede produtiva.
O seminário contou com a presença do Banco do Nordeste, que dialogou sobre o acesso a créditos voltados para a agricultura familiar, como o PRONAF e o AgroAmigo, destinados às famílias assentadas da Reforma Agrária. Também esteve presente a companheira Marcicleia, da BAHIATER/SETAF do governo estadual, com informações sobre políticas públicas voltadas para a produção camponesa e os caminhos possíveis de acessos para produção da agricultura familiar.
Dentre as atividades, a Rede guiou uma visita de campo à Agroindústria de Farinha da Associação São Francisco, localizada no município de Itamaraju (BA), onde puderam trocar experiências entre os agricultores e agricultoras.
Durante todos os dias os agricultores puderam dialogar sobre o Plano de Ação Territorial da Mandiocultura que será desenvolvido pelo MST. As ações são para fortalecer a organização e produção camponesa da região e de todo estado.
*Editado por Pamela Oliveira.
