A exposição fotográfica “Pelo direito à memória: a luta pela terra e o MST Pará,” organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), aborda a luta camponesa no estado do Pará. Com 170 fotografias, ela destaca a violência enfrentada pelos trabalhadores rurais, incluindo o Massacre de Eldorado do Carajás, e também celebra as vitórias conquistadas ao longo das décadas, como o acesso à terra, educação, saúde e cultura. O lançamento ocorreu durante a Feira Estadual da Reforma Agrária, em Belém, e contou com rodas de conversa com militantes, pesquisadores e estudantes.
A exposição inclui registros da década de 1980, quando a luta pela terra no Pará começou, antes mesmo da fundação do MST. Fotografias de Miguel Chikaoka, um dos pioneiros da fotografia de resistência, ilustram esse período difícil, marcado pela ditadura militar e pela violência contra os trabalhadores. A mostra foi contemplada pela Lei Paulo Gustavo Estadual e está em constante crescimento, com o objetivo de se tornar uma documentação histórica da luta pela terra no Brasil.
Além de ser uma ferramenta de resistência, a exposição tem um objetivo educacional, com contribuições de professores e estudantes, que têm acesso ao acervo e participam das discussões sobre a história do movimento.
Para os organizadores, a arte e a cultura são fundamentais para transformar a realidade, defender o direito à memória e lutar contra as desigualdades sociais A mostra é itinerante e visitará assentamentos e outras cidades do estado para garantir seu acesso pela militância.