Por Luana Silva
Nesta segunda-feira (12), a Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, localizada no Assentamento Agroecológico Jacy Rocha, Extremo Sul da Bahia, deu início ao Curso Internacional de Bioinsumos. O curso conta com 35 educandos e educandas, representantes de organizações da agricultura familiar e camponesa, pesquisadores e técnicos agrícolas, vindos da Argentina, Bolívia, Colômbia, Cuba, Equador, Guatemala, México, Paraguai, Peru, Venezuela, Uruguai, além do Brasil.
O curso de Bioinsumos tem por objetivo criar um espaço de consolidação técnica, formação político-organizativa e construção de propostas relacionadas aos bioinsumos por meio de intercâmbio de conhecimentos e saberes, a fim de contribuir para a formação agroecológica dos agricultores, pesquisadores e outros sujeitos sociais comprometidos com o fortalecimento da agricultura familiar e das organizações populares no Sul Global.
Como pauta principal do primeiro dia houve a apresentação histórica do MST, bem como a luta pela Reforma Agrária, com a participação de Luís Carlos, da Direção Nacional do MST, que contribuiu para ampliar os conhecimentos dos integrantes da formação sobre a origem e organização do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
“É necessária a compreensão da amplitude da organização em si, similarmente aos enfrentamentos que debatemos com tanto afinco, que vêm desde a colonização e se materializam até hoje, tais como: o ciclo da cana-de-açúcar, da pecuária e mais recente com o monocultivo do eucalipto, sendo estes os mais presente em nosso estado’’, destacou o dirigente.
Segundo Luís Carlos, a principal ideia da organização é reivindicar as áreas improdutivas para serem substituídas pelo plantio de alimentos saudáveis e pelo reflorestamento, garantindo que muitas famílias tenham a oportunidade de uma vida digna, com trabalho e renda.
Aspectos inadmissíveis como estes levam a debater a Reforma Agrária como uma das principais políticas para destravar o desenvolvimento social e econômico no campo, fornecendo auxílio para estes trabalhadores empregados, dando outra oportunidade de conquistarem seu pedaço de terra e plantar seu alimento para subsídio de seus familiares e comercialização.
A atividade segue até o próximo dia 31, com uma programação de debates, trocas de experiências, oficinas e integração entre os participantes dos diversos países.
*Editado por João Pedro