O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) está pressionando o presidente Lula (PT) a trocar o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. O movimento afirma que a atuação do ministro atual não atende às suas exigências. Embora reconheçam a experiência política do ministro, os integrantes do MST criticam a lentidão nos processos de assentamento. Como alternativa, o ministro tem proposto a utilização de imóveis rurais penhorados para reforma agrária, mas o MST considera essa medida burocrática e pouco eficiente.
Diante desse cenário, o MST promete intensificar sua mobilização, especialmente no “Abril Vermelho”, período de ocupações que marca o aniversário do massacre de Eldorado dos Carajás. Caso suas demandas não sejam atendidas, o movimento deve aumentar as ocupações de terras improdutivas, como já ocorreu no ano passado, quando houve um crescimento de 150% nas ocupações em comparação a 2023. Além disso, em dezembro, a insatisfação já havia levado o MST a organizar manifestações em três estados: Rio Grande do Sul, Pará e Mato Grosso do Sul.
O governo federal pede paciência ao MST, argumentando que o programa de reforma agrária estava paralisado desde o governo Michel Temer e que há dificuldades orçamentárias para acelerar os processos, ou seja, cede a pressão dos latifundiários. Caso o MST amplie a luta estará no caminho certo, o único que pode conquistar a reforma agrária.