Neste 22 de janeiro, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) celebra 41 anos de sua fundação, um marco significativo de resistência, organização popular e luta por direitos no campo. O primeiro encontro nacional, realizado em 1984 na cidade de Cascavel, Paraná, é considerado o início da trajetória do movimento, que se tornou sinônimo de esperança para milhares de famílias em todo o Brasil.
Ao longo dessas quatro décadas, o MST tem garantido acesso à terra, segurança alimentar e dignidade a muitas pessoas. A luta pela reforma agrária é vista como um caminho necessário para construir um país mais justo e solidário. “O MST é uma referência nas lutas populares e desempenha um papel extremamente relevante na democratização da propriedade da terra”, afirmou Adilson Araújo, presidente da CTB. Ele destacou a importância do movimento na defesa da unidade dos movimentos sociais e na busca pela transformação social.
Como parte das comemorações, o MST realiza pela primeira vez a reunião da Coordenação Nacional na região amazônica, em Belém do Pará. Este encontro ocorre em um momento crucial, já que a Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (COP 30) será realizada na capital paraense em novembro deste ano. A expectativa do MST é que boas notícias venham do governo federal, especialmente em relação ao assentamento das famílias acampadas.
Nos últimos meses, o movimento enfrentou desafios significativos, incluindo um ataque violento em Tremembé (SP), onde duas lideranças foram mortas. Apesar disso, a determinação do MST permanece firme. Ceres Hadich, membra da Coordenação Nacional do MST, expressou a intenção de intensificar as ocupações e mobilizações para garantir os direitos dos trabalhadores rurais.