Marcola, líder do PCC, e Marcinho VP, chefe do Comando Vermelho. Foto: Reprodução

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) investiga um possível fim da trégua entre o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho), as maiores facções criminosas do país. Os dois grupos fecharam um acordo em fevereiro para cessar mortes, reduzir custos com a guerra e garantir a continuidade de negócios ilegais.

Segundo a CNN Brasil, um comunicado que teria assinado pelo CV em 28 de abril tem circulado entre criminosos falando sobre o fim da relação “de paz” com o PCC. O documento chegou ao conhecimento do MP-SP, que também soube de “salves”, avisos da cúpula aos faccionados, de lideranças sobre o tema.

O comunicado diz que o fim do acordo é um recado “a todos os estados e países”. As brigas regionais entre CV e PCC foram um dos motivos do rompimento, segundo investigadores, que afirmam que “uma hora essa junção ia dar conflito”.

Muro pixado com alusão ao Comando Vermelho no Morro dos Macacos, no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução

O acordo de paz entre as duas facções era de conhecimento de autoridades e chegou a ser citado em um relatório do Ministério da Justiça e Segurança Pública enviado ao Rio de Janeiro. Segundo a pasta, o PCC e o CV estavam lavando dinheiro, traficando drogas e adquirindo armas de guerra em conjunto.

“O Comando Vermelho passou a usar essa sofisticação que o PCC já tem há muito tempo, que é dominar a lavagem de dinheiro e o uso estratégico dessas movimentações financeiras”, afirmou o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos.

A Polícia Civil identificou que as facções criaram uma fintech, um banco digital, para disfarçar operações financeiras. A instituição está em nome de uma mulher que vive em situação de vulnerabilidade social, mas os registros de transações mostram que ela movimentou R$ 200 milhões em um ano.

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Last Update: 29/04/2025