O Ministério Público denunciou, nesta quinta-feira 15, dois homens presos pela morte do ciclista Vitor Medrado, atingido por um tiro enquanto pedalava próximo ao Parque do Povo, no Itaim Bibi, área nobre da Zona Oeste de São Paulo. O crime ocorreu em fevereiro deste ano.
O MP, na denúncia, pediu que a dupla seja condenada pelo crime de latrocínio (roubo com resultado de morte) qualificado por motivo fútil. A pena pode chegar a 30 anos de prisão.
Segundo a acusação, Jeferson de Souza Jesus, o “Gordo de Paraisópolis”, pilotava a moto usada no latrocínio. Erik Benedito Veríssimo, o garupa, estava armado e atirou no pescoço da vítima. Depois, pegou o telefone que o ciclista deixou cair no chão.
O MP também se manifestou para que os homens continuem presos. O promotor Carlos Roberto Conserino ainda sugeriu que os familiares da vítima recebam 350 salários mínimos, algo em torno de 530 mil reais, como valor para reparação de danos morais. Se a Justiça acatar a denúncia, os acusados se tornam réus no processo.
A Polícia Civil identificou os homens após analisar imagens das câmeras de monitoramento espalhadas pela cidade, que indicaram o caminho que os criminosos fizeram até Paraisópolis, comunidade da Zona Sul, após o crime.
Além dos dois, há uma terceira pessoa presa por envolvimento no caso: uma mulher identificada como líder da quadrilha que financiava as operações criminosas. Conhecida como “Mainha do Crime”, Suedna Barbosa Carneiro foi detida em 18 de fevereiro.