O Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios denunciou Bruno Henrique, atacante do Flamengo, por suposta participação em um esquema de apostas esportivas.
O documento, elaborado por promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, aportou no Tribunal de Justiça do DF nesta quarta-feira 11.
A denúncia se baseia em um relatório da Polícia Federal que, em abril, indiciou o atleta e outras pessoas pelos crimes de estelionato e fraude em competição esportiva.
A alegação do MP é que Bruno Henrique teria combinado o recebimento de um cartão amarelo para beneficiar apostadores. Segundo os promotores, o jogador trocou mensagens com o irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, afirmando que seria punido em uma partida entre Flamengo e Santos válida pelo Campeonato Brasileiro de 2023.
O relatório da PF destacou que essas conversas comprometem diretamente o atacante, ao vinculá-lo a um esquema articulado para favorecer tanto integrantes de sua família quanto um núcleo paralelo de apostadores.
“A presente denúncia tem por objeto a imputação de crimes de fraude a resultado ou evento associado à competição esportiva (art. 200 Lei nº 14.597/2023), bem como de crimes de estelionato praticados em desfavor de pessoas jurídicas que atuam como agentes operadores de quota fixa, nos termos da Lei nº 14.790/2023″, registrou o MP.
Cabe à Justiça decidir se aceita ou não os argumentos do Ministério Público. Se a acusação for acolhida, o atacante passará a responder como réu a um processo criminal.
Se a Justiça decidir pelo arquivamento do caso, o jogador será absolvido da acusação na esfera criminal — no entanto, ele continua a ser alvo de uma investigação na Justiça Desportiva pelas mesmas práticas.
Veja a lista de denunciados:
- Bruno Henrique Pinto;
- Wander Nunes Pinto Junior;
- Ludymilla Araujo Lima;
- Poliana Ester Nunes Cardoso;
- Claudinei Vitor Mosquete Bassan;
- Rafaela Cristina Elias Bassan;
- Henrique Mosquete do Nascimento;
- Andry Sales Nascimento dos Reis; e
- Max Evangelista Amorim.
Os promotores do Gaeco ainda defendem que o jogador, se for condenado, pague 2 milhões de reais por danos morais coletivos causados pela fraude.