O Ministério Público da Espanha acionou a Justiça do país e recorreu da decisão do Tribunal da Catalunha que anulou, em março, a condenação do ex-jogador brasileiro Daniel Alves por estupro.
O recurso foi apresentado ao Tribunal Supremo (TS), órgão máximo do poder judiciário no país, equivalente ao Supremo Tribunal Federal no Brasil.
Em fevereiro de 2024, Daniel Alves foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão após acusação de ter estuprado uma mulher em uma boate de Barcelona em dezembro de 2022.
O ex-jogador, que estava preso preventivamente desde janeiro de 2023, deixou a prisão em março de 2024, após pagamento de fiança. A condenação foi anulada um ano depois, em março deste ano. Na ocasião, o Tribunal da Catalunha decidiu que o depoimento da vítima era insuficiente para a condenação.
Ao recorrer, o Ministério Público espanhol afirma que o Tribunal da Catalunha tomou a decisão baseado em uma “avaliação irracional” das provas apresentadas, e que a condenação é justa, dado que o depoimento da vítima é plausível, tendo sido corroborado por exames e até mesmo pelo depoimento do ex-jogador, que reconhece que teve relações sexuais com a vítima.