O que há de tão misterioso na peça Miserere de Gregorio Allegri? Resposta: a lenda em torno de Mozart.
Miserere foi escrita em 1638 para uso exclusivo na Capela Sistina durante o Ofício de Trevas da semana santa. No Ofício de Trevas, as velas da capela iam sendo apagadas uma a uma durante a execução da música, até terminar em completa escuridão.
A Capela Sistina tinha exclusividade dessa peça, e não permitia que se fizessem cópias da partitura. Acontece que, quando Mozart tinha 14 anos de idade, seu pai escreveu numa carta que havia levado o rapaz para assistir o Ofício de Trevas na Capela Sistina e, quando voltou para casa, escreveu toda a partitura de Miserere de memória. Veja no vídeo abaixo a quantidade de vozes e a complexa polifonia da obra. Nenhum músico, por mais experiente, seria capaz de memorizar uma peça tão complexa. Mas, estamos falando de Mozart. Ele foi conhecido por ter habilidades musicais fora do comum.
