Movimentos sociais promovem manifestações em 40 localidades brasileiras contra a ausência de anistia

Em mais de 40 cidades, manifestantes tomaram as ruas para pedir que os envolvidos na tentativa de golpe de Estado, que culminaria na morte do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, não fiquem impunes.

Os atos foram organizados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), PT, Frente Brasil Popular e Povo sem Medo. 

Na capital paulista, o ato foi realizado sob chuva. “O Brasil já é refém disso, golpe após golpe. Então, a gente não pode permitir que esse criminoso, que é o Bolsonaro, a quadrilha dele, os militares envolvidos, de todo o staff dele promovam um golpe no Brasil, e para que isso não aconteça de novo a gente precisa deixar um recado: sem anistia!”, afirmou o secretário de Relações do Trabalho, da CUT Brasil, Sérgio Antiqueira.

“Eles arquitetaram a morte, o assassinato do presidente da República. Eles arquitetaram o assassinato do ministro do Supremo, do vice-presidente. Portanto, nós precisamos avisar. Golpe, não vai ter anistia; prisão aos golpistas”, declarou a presidente da CUT-SP.

Reivindicações

Além da responsabilização dos envolvidos na tentativa de golpe de Estado, os manifestantes pediram ainda o fim da escala 6 X 1, com redução da jornada de trabalho sem redução de salários; a taxação dos mais ricos; a garantia de investimentos na saúde e na educação, sem redução de gastos; contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Estupro; pela redução da taxa de juros; contra o genocídio da juventude negra e valorização do salário mínimo e das aposentadorias.

“Juntamos várias pautas para deixar nossa marca neste dia tão importante, neste ponto de encontro de tantos movimentos sociais; de trabalhadores, minorias e do movimentos negros, como é o Conic – prédio próximo à Praça Zumbi. Uma das pautas mais importantes deste ato político é em favor da prisão dos golpistas. Não podemos dar anistia a eles, como fizemos no passado. Seria repetir o erro”, disse o presidente do PT-DF, Jacy Afonso.

“O Brasil passa por um momento de revés, em que escravocratas não querem permitir vida além do trabalho, defendendo a manutenção de uma jornada de seis dias de trabalho por semana. O sétimo dia só serve para o trabalhador recarregar sua bateria, para continuar vivendo essa escravidão moderna. Vemos um trabalho cada vez mais precarizado, desde a reforma trabalhista implantada pelo ex-presidente Michel Temer”, observou a professora Camila Tenório, que participou do ato no Rio de Janeiro.

Os atos foram realizados na maioria das capitais, exceto na região Norte (Macapá, Manaus, Rio Branco, Boa Vista e Palmas não tiveram manifestações), e também em cidades da região metropolitana. 

*Com informações da CUT e Agência Brasil.

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