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Por Coletivo de Comunicação do MST no Pontal do Paranapanema
Da Página do MST

Esta quinta-feira (18) marcou um momento importante na elaboração de planejamento e organização do Setor de Produção, Cooperação e Meio Ambiente do MST. Durante um seminário realizado no município de Rosana, Extremo Oeste do estado de São Paulo, dirigentes de 10 estados brasileiros e representações das cooperativas que organizam as famílias assentadas para a produção de leite, debateram o tema da produção de alimentos e políticas públicas.

O objetivo da reunião foi discutir as estratégias de articulação e trabalho de base para organizar a cadeia produtiva do leite. O leite é a base produtiva, portanto, de geração de renda de grande parte das famílias assentadas pela Reforma Agrária, e neste sentido, buscou-se levantar discussão sobre a elevação dos níveis de produção, através do melhoramento genético do gado leiteiro e qualidade da alimentação bovina, além de avançar na agroindustrialização da produção leiteira para o leite cru e seus derivados.

Diego Moreira, Setor de Produção do MST. Foto: [nome do fotógrafo].

Diego Moreira, da Direção Nacional do Setor de Produção, diz que a primeira coisa, antes de se falar em mudanças tecnológicas, é pensar na conquista de terras para a Reforma Agrária. “A terra é o insumo fundamental para a construção da agroecologia, então não tem como falar em mudança das técnicas e organização da produção, sem antes olhar para as terras que precisamos conquistar para virem para a Reforma Agrária e construir o processo de transição agroecológica”, afirma.

O seminário iniciou com uma análise de conjuntura, com João Paulo Rodrigues, da Direção Nacional do MST, sobre o momento histórico que enfrenta a nossa sociedade, desde os aspectos nacionais e internacionais, até a correlação de forças neste período de eleições municipais.

No período da tarde foram debatidos os temas relacionados ao planejamento das ações e tarefas do Setor de Produção do MST, além de debater a estruturação da cadeia produtiva do leite.

Conforme aponta Moreira, o MST tem amadurecido o método de cooperação para avançar em suas cadeias produtivas. Neste sentido, organizar e potencializar a produtividade do leite nas áreas de Reforma Agrária envolve, necessariamente, o exercício da organização social das famílias para formar suas cooperativas e pautar a melhoria do acesso a políticas públicas e fomentos.

Glaucia Back, Setor de Produção do MST. Foto: [nome do fotógrafo].

“Temos mapeadas 28 cooperativas que trabalham diretamente com leite e 13 estados onde o leite é a principal fonte de renda das famílias assentadas. Portanto, o Setor de Produção do MST se coloca diante do desafio de entrar nesses territórios, dialogar com as famílias e contribuir na estruturação dessa produção. Com base nisso, criar estratégias para avançar na cooperação, na intercooperação e na transição agroecológica”, aponta Glaucia Back, do Setor de Produção do MST.

O Seminário abriu a agenda de debates sobre o tema da produção de leite e teve como um dos resultados a consolidação de um coletivo nacional que formulará uma proposta para seguir na construção de um plano de estruturação da cadeia produtiva do mesmo.

A atividade antecede o Ato Político de Lançamento do Projeto Gir Leiteiro, que acontecerá amanhã (19), no sítio Toca da Lagoa, assentamento Gleba XV de Novembro, município de Euclides da Cunha Paulista, também no Extremo Oeste de São Paulo.

O projeto é uma iniciativa da parceria entre o MST, UFSCar, MDA, INCRA, SEAB, ABCGIL, além das cooperativas da Reforma Agrária COOPERCAMPO, COOPERARCA-ZM e COAPAR. O evento de lançamento contará com a presença do ministro Paulo Teixeira (MDA), César Aldrighi, presidente do INCRA, Sabrina Diniz, superintendente do INCRA em São Paulo, Ana Terra Reis (SEAB), Renata Camargo, superintendente da CONAB em São Paulo, além de parlamentares estaduais e federais.

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Última Atualização: 18/07/2024