Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, afirmou que não concorda com as ações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atua nos Estado Unidos por sanções ao Brasil. A declaração foi feita em entrevista à revista Veja, nesta segunda-feira (11).
“O deputado Eduardo Bolsonaro poderia até estar defendendo politicamente algo que ele acredita, defendendo a inocência do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas nunca atentando contra o País. Porque, quando isso acontece, eu penso que nem os seus eleitores, nem os seus apoiadores concordam”, afirmou.
“Eu não posso concordar com a atitude de um parlamentar que está fora do país, trabalhando muitas vezes para que medidas cheguem ao seu País de origem e tragam danos à economia do País”, emendou.
Além de comemorar as tarifas de 50% impostas aos produtos brasileiros exportados aos EUA, Eduardo também seria um dos envolvidos da extrema-direita que prejudicaram uma reunião entre o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) e o secretário do Tesouro norte-americano Scott Bessent, marcada para a próxima quarta-feira (13), mas desmarcada por falta de agenda do representante do governo Trump.
Prioridades
O líder da Câmara afirmou ainda que a prioridade da Casa ao longo do semestre será a proteção da economia e dos exportadores atingidos pelo tarifaço de Donald Trump. “Estamos aqui de prontidão para agir imediatamente, para garantir que esses danos possam dirimidos e os impactos possam ser diminuídos”, pontuou.
Para o deputado, a alternativa para resolver a questão que ainda impacta diversos produtos, a exemplo do café, manda e carne, está no diálogo diplomático.
Já o projeto de anistia aos golpistas envolvidos na depredação das sedes dos Três Poderes e tentativa de golpe de Estado deve ser amplamente debatida na Casa.
“O que sinto aqui dentro, no ambiente que eu converso, no contato que eu tenho com os parlamentares, é que há uma certa dificuldade com a anistia ampla geral e irrestrita. Até porque, é importante lembrar, que nós tivemos planejamento de morte de pessoas. Isso é muito grave. Eu não sei se há ambiente para anistiar quem agiu desta forma. Penso que não”, avaliou.
*Com informações da Agência Câmara de Notícias.
LEIA TAMBÉM: