O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse nesta segunda-feira (8) que os parlamentares votarão o projeto de lei (1087/2025) que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil, além da redução proporcional para quem recebe até R$ 7,3 mil.
“Conversei agora com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e informei que o compromisso da Câmara é votar a matéria que amplia a isenção do Imposto de Renda via PL 1087/2025, de relatoria do deputado Arthur Lira (PP-AL)”, escreveu no X o presidente da Câmara.
De acordo com ele, “há um entendimento da Casa que [a matéria] é uma prioridade para o Brasil e os brasileiros.”
“Certíssimo o presidente Hugo Motta em priorizar a votação do PL da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil reais. É pauta de interesse de milhões de brasileiros diretamente e de outros tantos indiretamente. Vamos juntos, presidente Hugo Motta!”, reage o vice-líder do governo na Câmara, deputado Márcio Jerry (PCdoB-BA).
Dessa forma, Motta dá uma resposta ao governo, que passou a cogitar a edição de uma medida provisória por causa da demora na votação do projeto, que já tem aprovado sua urgência.
A ministra Gleisi disse que o governo realizou nesta segunda-feira reunião com os ministros dos partidos da base e a votação do projeto esteve na pauta.
“Tivemos hoje uma boa reunião com ministros de partidos da base do governo no Congresso, para tratar da agenda legislativa até o final do ano. Todos concordamos em fortalecer as pautas da isenção do IR até R$ 5 mil, as MPs [medidas provisórias] da redução da conta de luz, do Gás do Povo, a PEC da Segurança Pública, entre outras. Esta é a agenda que dialoga com os interesses do país e do povo, em consonância com o que vêm afirmando os presidentes Hugo Motta e Davi Alcolumbre [Senado]”, afirma a ministra.
O projeto de isenção do IR e outras matérias importantes para o país enfrentam como principal obstáculo para avançarem no parlamento a obstrução por parte da bancada bolsonarista que insiste em votar o projeto de anistia para os condenados pela tentativa de golpe.
O principal objetivo da extrema direta é salvar da prisão Jair Bolsonaro, que enfrenta nesta semana um julgamento histórico no Supremo Tribunal Federal (STF), onde o ex-presidente é acusado do crime da tentativa de golpe de Estado.