O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), enviou à Corregedoria Parlamentar denúncias contra 14 deputados bolsonaristas envolvidos no motim que tentou impedir a realização de sessões na Casa em protesto à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.

Os deputados ocuparam a Mesa da Presidência para evitar que as sessões fossem realizadas. Só acabaram com o protesto depois da suposta garantia de que o projeto da anistia aos condenados no 8 de janeiro seria pautado.

Motta desmentiu os bolsonaristas sobre qualquer acordo e encaminhou denúncia contra eles à Corregedoria Parlamentar para suspensão dos mandatos por seis meses.

Leia mais: Extrema direita se isola na tentativa de parar Congresso e salvar Bolsonaro

“A fim de permitir a devida apuração do ocorrido, decidiu-se pelo imediato encaminhamento de todas as denúncias à Corregedoria Parlamentar para a devida análise”, diz o ato da Mesa da Câmara.

“A presidência da Câmara é inegociável, quero que isso fique bem claro. A retomada dos trabalhos não está vinculada a nenhuma pauta. O presidente da Câmara não negocia suas prerrogativas, nem com a oposição, nem com o governo, nem com ninguém”, disse Motta.

Entre os denunciados estão o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) que podem ter os mandatos suspensos por seis meses.

Estão na lista o líder da oposição, Zucco (PL-RS), os deputados Carlos Jordy (PL-RJ, Caroline de Toni (PL-SC), Marco Feliciano (PL-SP), Domingos Sávio (PL-MG), Zé Trovão (PL-SC), Bia Kicis (PL-DF), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Marcos Pollon (PL-MS) e Julia Zanatta (PL-SC).

Também foram denunciados o deputado Allan Garcês (PP-MA) e o líder do Novo, Marcel Van Hattem (Novo-RS).

O ato diz que o corregedor Diego Coronel (PSD-BA) tem 48 horas para, “a partir do conhecimento do fato ou da provocação de qualquer deputado, comunicar à Mesa Diretora a proposta de suspensão cautelar do mandato — procedimento previsto no Ato da Mesa.”

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 09/08/2025