Os motoristas de ônibus da cidade de São Paulo anunciaram que entrarão em greve na próxima quarta-feira, dia 3 de julho. A paralisação foi aprovada em assembleia realizada pelo sindicato da categoria nesta sexta-feira.
A greve foi aprovada diante de um impasse na negociação salarial com a Prefeitura, comandada atualmente por Ricardo Nunes, e empresas, representadas pelo sindicato patronal SPUrbanuss.
O sindicato dos trabalhadores esperava que, além do reajuste salarial de 3,69%, conseguisse um aumento real de 5%. A categoria reivindica também uma recomposição da renda perdida durante a pandemia, de 2,46%. Os motoristas pedem, também, mudanças na jornada de trabalho e outras melhorias nos benefícios ofertados.
Os pedidos, no entanto, não foram acatados pelos representantes patronais mesmo após intermediação judicial, via Tribunal de Contas do Município, nas negociações.
Essa é a segunda vez que o SindMotoristas anuncia uma greve na cidade pela mesma motivação. A primeira paralisação estava prevista para o início de junho, mas não ocorreu diante de uma retomada das negociações por parte da prefeitura.
Naquela ocasião a categoria rejeitou a correção proposta pelos patrões de 2,77%, e composição da diferença pelo Salariômetro da Fipe. Na assembleia, os representantes da categoria citaram que a proposta compreende apenas os reajustes, mas não o aumento real.
“Nós estamos com o reajuste garantido, mas queremos mais, que é o aumento real. Por isso nem vamos por o reajuste em votação para aprovar ou recusar, o que vamos aprovar aqui é a nossa greve”, explicou Nailton Francisco de Souza, dirigente do SindMotoristas, aos trabalhadores antes da votação.
Logo em seguida, a categoria aprovou, por unanimidade, a paralisação.
Veja o momento da aprovação da greve: