O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), afirmou em sua delação à Polícia Federal que as motociatas que o ex-presidente promovia eram financiadas com o cartão corporativo.

O depoimento de Cid foi em março do ano passado, mas só vieram a público nesta quarta-feira 19, após o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes retirar o sigilo do documento.

“A partir do momento que o ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu andar de moto, o GSI [Gabinete de Segurança Institucional] teve de comprar motos similares a do ex-presidente para poder acompanha-lo”, disse.

Cid disse em seu que acredita que os gastos com as motos e seu transporte eram pagas com o cartão corporativo, assim como os gastos de hospedagem e alimentação dos servidores que faziam a segurança do presidente nas motociatas.

O material do ex-ajudante de ordens embasou a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Bolsonaro e outras 33 pessoas no inquérito do golpe.

O ex-presidente é acusado de liderar uma organização criminosa que planejava dar um golpe de Estado após a derrota para Lula (PT) para se manter no poder. Ele nega as acusações e diz ser alvo de perseguição política.

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Last Update: 19/02/2025