A Rússia declarou que a Ucrânia está abrindo um “segundo front” na África, após Mali e Níger cortarem relações diplomáticas com Kiev após denunciar apoio a “grupos terroristas”.
“Incapaz de derrotar a Rússia no campo de batalha, o regime criminoso de Volodymyr Zelensky abriu um segundo front na África”, disse a porta-voz do Ministério russo das Relações Exteriores, Maria Zakharova.
Zakharova acusou a Ucrânia de favorecer grupos terroristas em países africanos próximos a Moscou.
Rebeldes separatistas do norte do Mali anunciaram que mataram 84 combatentes do grupo mercenário russo Wagner e 47 soldados do governo em julho.
O Mali acusou um funcionário de alto escalão do governo ucraniano de ter admitido o papel de Kiev no ataque e rompeu relações diplomáticas em 5 de agosto.
Segundo uma fonte do governo do Mali, o porta-voz do serviço de inteligência militar ucraniano, Andriy Yusov, teria admitido a participação da Ucrânia em um ataque covarde, traiçoeiro e bárbaro que matou soldados do país africano.
Níger também anunciou o rompimento das relações diplomáticas com a Ucrânia “com efeito imediato”.
O porta-voz do governo do Níger, Amadou Abdramane, disse que o país pedirá ao Conselho de Segurança da ONU que investigue a “agressão” ucraniana no Mali.
Níger e Mali têm governos militares que tomaram o poder em golpes recentes e romperam suas alianças de defesa com a França para estabelecer uma aproximação com a Rússia em busca de ajuda militar.
O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia afirmou que o país “adere incondicionalmente às normas do direito internacional” e “rejeita de modo veemente as acusações” do Mali.