A morte do ambulante senegalês Ngange Mbaye, que foi baleado por um policial militar na tarde desta sexta-feira (11), no Brás, na região central de São Paulo, provocou uma onda de indignação pelo país.
O ambulante levou um tiro quando resistia a entregar sua mercadoria apreendida. Ele chegou a ser socorrido pelo Samu, mas morreu na Santa Casa de Misericórdia.
Neste sábado (12), a Polícia Militar reprimiu com bombas de gás lacrimogêneo um protesto de ambulantes contra a violência policial no centro da capital.
Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a violência policial atinge patamares cada vez mais cruéis de barbaridade.
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“Em São Paulo, o ambulante senegalês Ngange Mbaye foi morto com um tiro por um policial. Antes, foi espancado pelos PMs do bolsonarista Tarcisio de Freitas. Assim como o governador do Rio, Claudio Castro, o governador de SP parece ter como política de segurança pública apenas o ódio aos pobres e trabalhadores. Minha solidariedade à família e aos amigos de Ngange Mbaye. Exigimos justiça!”, escreveu a parlamentar no X.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, diz que as cenas do assassinato chocaram o país e causam revolta. “Não podem policiais agirem dessa maneira. Têm de pagar de forma rigorosa pelo que fizeram. Solidariedade à família e amigos de Ngange”, disse a ministra.
“Matar pessoas não pode ser política de segurança em lugar nenhum, mas é isso que vem acontecendo no estado de São Paulo que tem um coronel de extrema direita como secretário de Segurança. A PEC da Segurança Pública, apresentada pelo governo do presidente Lula, vai garantir mais recursos para equipar e treinar as polícias em todo o país, mas a responsabilidade de orientar as ações e conter a violência policial tem de partir dos comandos”, prosseguiu Gleisi.
“Mais uma vítima da violência da Polícia Militar de Tarcísio e Derrite. Minha solidariedade aos familiares de Ngange Mbaye e a todos os trabalhadores ambulantes da região do Brás. O governador ainda seguirá dizendo que não está nem aí?”, questionou o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP).