Sly Stone, o visionário cantor, compositor e produtor que redefiniu a música popular com sua banda Sly and the Family Stone, morreu nesta segunda-feira (9) em Los Angeles, aos 82 anos. Segundo comunicado de seus representantes, a causa da morte foi “uma batalha prolongada contra D.P.O.C. (doença pulmonar) e outros problemas de saúde subjacentes”.
Considerado um dos artistas mais influentes do século XX, Stone foi celebrado no comunicado como “uma figura monumental, um inovador revolucionário e um verdadeiro pioneiro que redefiniu o panorama do pop, funk e rock”. Sua mistura de R&B, soul, gospel e rock psicodélico criou um som atemporal que inspirou gerações de músicos, de Prince a Outkast.
Quem foi Sly Stone
Nascido Sylvester Stewart em 1943, Stone formou a Sly and the Family Stone no final dos anos 1960, uma banda multirracial e multigênero que se tornou símbolo da contracultura e da luta por igualdade.
Entre 1968 e 1971, o grupo lançou uma série de álbuns revolucionários, como “Dance to the Music”, “Stand!” e “There’s a Riot Goin’ On”, que mesclavam celebração e crítica social.
Suas canções, como “Everyday People”, “I Want to Take You Higher” e “Family Affair”, tornaram-se hinos de liberdade e resistência, frequentemente sampleados por artistas posteriores. “Havia música negra antes de Sly Stone, e música negra depois de Sly Stone”, afirmou o crítico Joel Selvin, destacando seu impacto irreversível na cultura.
Apesar de ter se afastado dos holofotes nas décadas seguintes, o legado de Stone foi revisitado e celebrado nos últimos anos. Em 2021, sua icônica apresentação no Harlem Cultural Festival de 1969 foi incluída no documentário vencedor do Oscar “Summer of Soul”, dirigido por Questlove.
Em 2023, sua autobiografia, “Thank You (Falettinme Be Mice Elf Agin)”, trouxe novas perspectivas sobre sua vida e carreira, seguida pelo documentário “Sly Lives! (aka the Burden of Black Genius)”, também liderado por Questlove.
Stone e sua banda marcaram história com performances memoráveis, como no “The Ed Sullivan Show” em 1968 e nos festivais de Newport Jazz e Woodstock em 1969.
