Morreu nesta quarta-feira 26, aos 77 anos, o prefeito reeleito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD). Noman enfrentava complicações de um linfoma não-Hodgkin.
Na noite da terça-feira 25, o prefeito evolui para um quadro grave de saúde após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Fuad chegou a ser reanimado, mas evoluiu para um choque cardiogênico, quando o coração não consegue bombear sangue para o pulmão e para o resto do corpo.
Segundo boletim divulgado pelo Hospital Mater Dei, Noman precisou de doses elevadas de drogas vasoativas e inotrópicas, diante o quadro. Além disso, apresentava insuficiência renal aguda.
Fuad Noman estava internado desde o dia 3 de janeiro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Mater Dei, na Região Centro-Sul da capital mineira, devido a uma condição de insuficiência respiratória.
Antes disso, em novembro de 2024, o político foi ao hospital por conta de dores nas pernas relacionadas a um Linfoma não Hodgkin, identificado no meio do ano passado. Exames já haviam confirmado a remissão do tumor.
Fuad Noman foi reeleito à Prefeitura de Belo Horizonte nas eleições de 2024, ao vencer o adversário Bruno Engler (PL) no 2º turno, com 53,73% dos votos válidos. Ele chegou a participar virtualmente da cerimônia de posse para o seu segundo mandato à frente da prefeitura da capital mineira, mas está de licença médica desde então.
Com a sua morte, a prefeitura será assumida pelo vice-prefeito Álvaro Damião (União Brasil).
Repercussões
A prefeitura de Belo Horizonte divulgou uma nota de pesar pela morte do prefeito reeleito. “Nos solidarizamos com os familiares, amigos e cidadãos belo-horizontinos que perdem não apenas um líder mas um exemplo de ser humano. A cidade se despede com gratidão e reverência”, registrou.
O presidente do PSD, Gilbert Kassab, destacou a atuação pública de Fuad não só em Belo Horizonte, como no governo do estado durante a gestão de Antonio Anastasia, e também junto à Casa Civil na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso. “Tinha ainda muitos planos e projetos para melhorar a vida das pessoas, especialmente daquelas mais necessitadas. Nos deixa cedo demais”.
Ministros do governo federal também manifestaram suas condolências nas redes sociais. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lamentou a morte do político. “Como Ministro da Secretaria de Relações Institucionais, testemunhei seu compromisso inabalável com o desenvolvimento de Belo Horizonte e seu cuidado com a população belo-horizontina. Meus sentimentos à família, aos amigos e aos moradores de BH”, escreveu.
Também se juntaram às manifestações de pesar a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffman, e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.
O deputado estadual Bruno Engler (PL), principal rival de Fuad nas eleições de 2024, também manifestou suas condolências nas redes. Quando soube do agravamento da condição clínica do prefeito, o parlamentar chegou a destacar em uma publicação: “Somos adversários políticos, e não inimigos”.