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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes votou para tornar réu Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, por participação no ataque golpista de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Ele é sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A Primeira Turma da Corte começou a analisar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele nesta sexta (21) e Moraes é relator do caso. Léo Índio é acusado de participar da invasão das sedes dos Três Poderes.
Segundo a PGR, Léo Índio cometeu os seguintes crimes: associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
A denúncia foi apresentada em 15 de janeiro e a PGR aponta que “há provas suficientes” que apontam a participação dele no ataque. O próprio acusado publicou uma foto em rede social em cima do Congresso Nacional na ocasião. Ele aparecia com os olhos vermelhos e alegou que foi alvo de gás lacrimogêneo usado pela Polícia Militar.
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“Leonardo Rodrigues de Jesus participou ativamente dos atos que culminaram na invasão e na depredação dos edifícios-sedes dos Poderes da Republica, em Brasília, na data de 8/1/2023, com graves repercussões patrimoniais”, diz trecho da denúncia.
Os advogados de Léo Índio alegam que não cabe ao Supremo analisar o caso, já que ele não tem foro privilegiado, e que a PGR não apontou a contribuição dele para os crimes. O órgão, no entanto, afirma que ele esteve envolvido no ataque e “em outras atividades de cunho antidemocrático”.
A denúncia é julgada em plenário virtual e tem previsão de terminar no dia 28 de fevereiro, caso nenhum ministro faça pedido de vista ou de destaques. Se o colegiado aprovar, Léo Índio se tornará réu e será iniciada uma ação penal na Corte.
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