O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) , decretou, nesta segunda-feira (4), a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por descumprir medidas cautelares.
Na decisão, o decano reiterou que “a Justiça é cega, mas não é tola”. “A Justiça não permitirá que um réu a faça de tola, achando que ficará impune por ter poder político e econômico.”
Moraes chamou a atenção ainda para o fato de que a Justiça é igual para todos. “O réu que descumpre deliberadamente as medidas cautelares – pela segunda vez – deve sofrer as consequências legais”, emendou.
No último domingo (3), aliados de Bolsonaro realizaram 62 atos em prol do ex-presidente em julgamento por tentativa de golpe de Estado e outros crimes, a fim de pressionar o STF e o Congresso a anistiar o réu.
Proibido de sair de casa, Bolsonaro participou do ato realizado em Copacabana, no Rio de Janeiro, por meio de uma mensagem aos manifestantes pelo viva-voz do telefone do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
“Boa tarde Copacabana, boa tarde meu Brasil, um abraço a todos. É pela nossa liberdade, estamos juntos. Obrigado a todos, é pela nossa liberdade, pelo nosso futuro, pelo nosso Brasil. Sempre estaremos juntos! Valeu!”, saudou.
No entanto, Bolsonaro não deve acessar redes sociais, se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros, manter contato com outros réus da trama golpista, se aproximar de embaixadas e descumprir o recolhimento domiciliar entre 19h e 7h, inclusive nos fins de semana.
No entanto, apesar das proibições, Bolsonaro seguiu dando entrevistas à imprensa, fazendo acenos aos apoiadores, entre outros descumprimentos. Tanto que o próprio Moraes teve de reafirmar as limitações e lembrar que o descumprimento pode resultar em prisão imediata.
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