O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes rejeitou, nesta segunda-feira 9, a tentativa do ex-ministro Walter Braga Netto (PL) de impedir a transmissão ao vivo do interrogatório dos réus do chamado núcleo crucial da tentativa de golpe. As oitivas começam nesta tarde.
Segundo Moraes, a defesa não demonstrou a existência de um efetivo prejuízo devido ao fato de o interrogatório do general ser público. “Caso aponte elementos concretos que justifiquem a decretação do sigilo do interrogatório, será realizada nova análise”, diz a decisão.
Ao pedir que não houvesse a transmissão da oitiva, a defesa alegou que a exibição representa uma “espetacularização” do processo.
“Não é razoável que o ato mais importante de autodefesa seja realizado sob a mira de câmeras, sabendo-se que a inquirição não será objeto apenas dos autos, mas também será alvo de escrutínio público, em tempo real”, sustentaram os advogados. Trata-se de negar absolutamente proteção à intimidade e privacidade.”
O interrogatório acontecerá presencialmente até a próxima sexta-feira 9, na sala de sessões da Primeira Turma do STF. Elas ocorrerão nesta ordem:
- Mauro Cid (delator);
- Alexandre Ramagem,
- Almir Garnier,
- Anderson Torres,
- Augusto Heleno,
- Jair Bolsonaro,
- Paulo Sérgio Nogueira e
- Walter Braga Netto (falará por videoconferência, porque está preso preventivamente).