Jair Bolsonaro, então presidente, durante a posse de Alexandre de Moraes na Presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em 2022. Foto: Antonio Augusto/TSE

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou nesta sexta (5) a inclusão de um dia extra para o julgamento do núcleo crucial da tentativa de golpe. Em ofício ao presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, Moraes pediu a realização de sessões adicionais na quinta (11), em dois turnos (manhã e tarde).

Inicialmente, estavam previstas sessões apenas para terça (9), manhã e tarde; quarta (10), pela manhã; e sexta (12), nos dois turnos. Com o pedido, Moraes busca ampliar o tempo disponível para a análise do caso, considerado um dos mais relevantes da série de ações envolvendo o 8 de janeiro e a trama golpista.

“Solicito ao Excelentíssimo Presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, o agendamento de novas sessões complementares para a realização do julgamento, a serem realizadas na quinta-feira, dia 11/9/2025”, escreveu Moraes no documento.

O acréscimo de sessões indica que o relator avalia ser necessário mais tempo para leitura de votos e debates entre os ministros. Nesta semana, a Primeira Turma já havia realizado duas sessões de julgamento, nos dias 2 e 3 de setembro, com as falas iniciais das defesas dos acusados. O caso envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus.

A partir da próxima terça, o colegiado vai iniciar a votação que pode condenar Bolsonaro e os demais acusados a mais de 30 anos de prisão.

Segundo dia de julgamento da trama golpista na Primeira Turma do STF, nesta quarta (3). Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Paralelamente, Moraes também abriu prazo para a apresentação de alegações finais referentes ao núcleo 2 da suposta trama golpista. A decisão coloca praticamente todos os grupos sob investigação na fase final do processo, com exceção do núcleo ligado diretamente ao ex-presidente, que já está em julgamento.

Com a determinação, a Procuradoria-Geral da República terá 15 dias para entregar suas alegações, podendo pedir condenação ou absolvição dos acusados. Em seguida, as defesas terão outros 15 dias para apresentar suas manifestações em resposta ao parecer do procurador-geral, Paulo Gonet.

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Last Update: 05/09/2025