O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), notificou bancos, a empresa Uber e a operadora de telefone Tim para buscar informações sobre Luís Carlos Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, que nega ter viajado aos Estados Unidos após o segundo turno das eleições de 2022. Ele está preso há quase cinco meses no âmbito da investigação sobre plano golpista.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, afirmou em delação que o ex-assessor foi o responsável por entregar minuta golpista ao então presidente no país, mas ele negou envolvimento com o documento e que tenha viajado ao país na ocasião.
Investigadores localizaram um registro de sua entrada em território americano no dia 30 de dezembro de 2022 com passaporte comum e agora tentam confirmar a ida do ex-assessor ao país. A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia se manifestado a favor da revogação de sua prisão preventiva, mas passou a defender “diligências complementares” para confirmar sua saída do Brasil.
A defesa e Martins apresentou uma série de documentos, como passagens aéreas para Ponta Grossa (PR) e comprovantes de viagens com a Uber no dia 31 de dezembro daquele ano, além de pedir que a operadora de telefone fosse notificada para compartilhar dados de geolocalização de seu celular, o que foi autorizado pelo ministro, que alegou que o material pode garantir uma “melhor análise da situação”.
“A produção de prova documental está em conformidade com a investigação determinada para os fins de esclarecer se o investigado esteve em território norte-americano ou permaneceu no Brasil”, escreveu o ministro.
Além das informações das empresas, o ministro e a PGR ainda aguardam informações que o Ministério da Justiça tenta obter via cooperação internacional com os Estados Unidos, como registros de viagens de Martins.
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