
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agendou os depoimentos das testemunhas indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e as defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de Mauro Cid. As listadas pelo órgão serão ouvidas no dia 19 de maio. Veja a lista:
- Éder Lindsay Magalhães Balbino, dono de empresa apontada como responsável por material com suspeitas infundadas sobre as urnas eletrônicas;
- Clebson Ferreira de Paula Vieira, servidor que teria elaborado planilhas utilizadas por Anderson Torres para mapear a movimentação de eleitores no segundo turno das eleições de 2022;
- Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF), acusado de dificultar o deslocamento de eleitores nas eleições de 2022;
- Ibaneis Rocha Barros Júnior, governador do Distrito Federal;
- Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército;
- Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica.
Na sequência, em 22 de maio, as testemunhas indicadas por Cid serão ouvidas. Entre os convocados estão Júlio Cesar de Arruda, ex-comandante do Exército que estava no posto durante o ataque golpista de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, e o ex-assessor de Bolsonaro Luís Marcos Reis.

Entre 30 de maio e 2 de junho, as testemunhas de Bolsonaro prestarão depoimento. Ele indicou um total de 15 pessoas, entre elas seis ex-ministros de seu governo, três ex-comandantes das Forças Armadas. Veja a lista:
- Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo e ex-ministro da Infraestrutura;
- Hamilton Mourão (Republicanos-RS), senador e ex-vice-presidente;
- Ciro Nogueira (PP-PI), senador e ex-ministro-chefe da Casa Civil;
- Rogério Marinho (PL-RN), senador e ex-ministro do Desenvolvimento Regional;
- Eduardo Pazuello (PL-RJ), deputado federal e ex-ministro da Ciência;
- Gilson Machado, ex-ministro do Turismo;
- Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército;
- Júlio César de Arruda, ex-comandante do Exército;
- Carlos Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica;
- Coronel Wagner Oliveira da Silva, ex-número dois da comissão do Ministério da Defesa que acompanhou a apuração dos votos em 2022;
- Amaury Feres Saad, advogado apontado por CPI como autor intelectual da minuta golpista;
- Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro, ex-secretário executivo da Casa Civil;
- Renato de Lima França, ex-subchefe de assuntos jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência;
- Ricardo Peixoto Camarinha, que atuou como médico da Presidência da República,
- Giuseppe Dutra Janino, ex-secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Além de Bolsonaro e Cid, há seis aliados da dupla também se tornaram réus por participação na trama golpista em março, quando a Primeira Turma do Supremo aceitou da denúncia da PGR contra o “núcleo 1” dos organizadores. São eles:
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
As testemunhas indicadas por eles também serão ouvidas posteriormente. O agendamento das oitivas representa um avanço da ação penal contra Bolsonaro e seus aliados, que deve ser concluída ainda em 2025 com a condenação ou absolvição do grupo.
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