O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes manteve, em decisão publicada nesta quarta-feira 2, a prisão preventiva do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, réu por envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022.
Azevedo está preso preventivamente desde 19 de novembro. Ele integra o núcleo 3 da tentativa de golpe, formado por militares do Exército e por um policial federal. Todos respondem pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Ao rejeitar o pedido para derrubar a prisão preventiva, Moraes mencionou “a necessidade de resguardar a ordem pública e a instrução processual penal”. Não há, segundo ele, qualquer fato a justificar o afastamento da custódia cautelar.
Azevedo era major de infantaria do Exército e servia no Comando de Operações Especiais à época da conspiração golpista. Era, portanto, um dos chamados “kids pretos”. A PF o liga ao plano para prender ou assassinar Moraes em 15 de dezembro de 2022 — o codinome “Brasil” foi associado a um número de telefone utilizado pelo tenente-coronel.