A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) alegou, nesta quarta-feira 4, que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes de ordenar o bloqueio de seus perfis nas redes sociais seria um “ataque à família”.
No mesmo despacho, Moraes mandou prender preventivamente a parlamentar, após sua fuga do Brasil.
Segundo a decisão, as empresas Gettr, Meta, LinkedIn, TikTok, X, Telegram e YouTube têm duas horas para bloquear perfis e canais ligados à deputada, sob pena de multa diária de 100 mil reais.
“Mandou também bloquear as contas da minha mãe, Rita Zambelli, que é pré-candidata a deputada federal. Ao fazer isso, atinge não apenas a cidadã, mas também a filha”, reagiu Zambelli.
Na última sexta-feira 30, porém, a deputada anunciou nas redes sociais a decisão de “transferir oficialmente a titularidade” de seus perfis nas redes sociais à mãe.
A conta de Carla Zambelli no Instagram, por exemplo, já tem uma foto dela com a mãe e funciona sob o nome de Rita Zambelli. No X, um perfil atribuído a Rita, com 2,6 milhões de seguidores, também era controlado por Carla.
A decisão de Moraes ainda atinge o perfil no Instagram de João Zambelli, filho da deputada. Segundo ela, o jovem de 17 anos será candidato a vereador em São Paulo em 2028.
“Fiz essa transferência porque, caso se confirme minha inelegibilidade, há o risco real de que tentem me silenciar, inclusive nas redes”, escreveu Carla.
A decisão de Moraes sobre as contas hoje controladas por Rita atingem, portanto, páginas que eram administradas por Carla Zambelli. Leia o despacho: