O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou nesta quinta-feira 31 que a Advocacia-Geral da União acompanhe o processo de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa em Roma na última terça 29.
Condenada pelo STF a dez anos de prisão no caso da invasão hacker a um sistema do Conselho Nacional de Justiça, ela fugiu do Brasil e passou pelos Estados Unidos antes de seguir para a Itália. A bolsonarista tem cidadania italiana.
“Considerando a comunicação da prisão da ré condenada Carla Zambelli Salgado de Oliveira na República Italiana, oficie-se à Advocacia-Geral da União para que acompanhe e adote as providências cabíveis e necessárias relacionadas ao processo de extradição da ré“, ordenou Moraes.
O governo brasileiro já protocolou formalmente o pedido de extradição, para que a deputada cumpra pena em território nacional. A AGU poderá, a partir de agora, prestar esclarecimentos à Justiça italiana no processo sobre o andamento da solicitação.
A defesa de Zambelli, no entanto, afirmou que tentará impedir a extradição. Caso não consiga, a parlamentar pretende pedir autorização para cumprir a pena na Itália. Especialistas apontam que a análise do caso deve durar entre seis meses e um ano e meio.
Na próxima sexta-feira 1º, Zambelli participará de uma audiência de custódia em Roma. Atualmente, ela está no presídio feminino de Rebibbia, a cerca de 30 minutos do centro da capital italiana. A Justiça do país avaliará se mantém a detenção, concede liberdade ou dá prosseguimento ao pedido brasileiro.
