O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mandou arquivar nesta sexta-feira 6 uma investigação contra Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD. O inquérito foi aberto na esteira da Lava Jato e envolve um suposto recebimento de propina de executivos da JBS.
Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República defendeu manter o arquivamento da ação. O processo contra Kassab começou em 2019, quando o inquérito foi enviado à Justiça Eleitoral de São Paulo após o pessedista deixar o cargo de ministro do governo de Michel Temer (MDB).
Em 2021, o político tornou-se réu. Contudo, em 2023, o TRE determinou o trancamento da ação penal. Um recurso contra essa decisão foi rejeitado pelo Tribunal Superior Eleitoral e o caso foi encerrado.
Em março deste ano, porém, Moraes determinou a retomada do caso após uma mudança de entendimento nas regras do foro privilegiado. O processo voltou, então, ao Supremo Tribunal Federal.
Kassab, que atualmente é secretário de Governo e Relações Institucionais no governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), era investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi acusado de receber 350 mil reais por mês por meio de notas fiscais falsas e, em outra denúncia, de ter recebido 28 milhões de reais em troca de apoio político de seu partido, o PSD, ao PT.