Decisão de Moraes destacou a “extrema periculosidade” do General Braga Netto. Fotomontagem

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ordenou a prisão do general Braga Netto com base em provas apresentadas pela Polícia Federal (PF), que apontaram a prática de “crimes graves” pelo general. A decisão também destacou a “extrema periculosidade” de Braga Netto e dos demais envolvidos na tentativa de golpe de 2022.

A ordem de prisão foi expedida por Moraes na última terça-feira (10/12), mas a captura ocorreu neste sábado (14/12), após o retorno do general de uma viagem a Alagoas com sua família.

Na decisão, Moraes afirmou que as investigações apontam os suspeitos como integrantes de uma organização criminosa com planos de realizar atos violentos. Esses atos incluiriam o monitoramento de alvos, planejamento de sequestros e, possivelmente, assassinatos do então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o próprio Moraes, e da chapa eleita de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB). O objetivo final seria manter Jair Bolsonaro (PL) no poder, mesmo após sua derrota nas urnas.

Além disso, Moraes destacou que o golpe não se concretizou devido a fatores externos ao controle dos envolvidos. Ele também apontou que Braga Netto agiu para obstruir as investigações, recorrendo a práticas ilícitas para acessar dados de colaborações premiadas.

De acordo com informações fornecidas pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, em sua delação premiada, Braga Netto teria financiado diretamente as ações ilegais, entregando dinheiro em uma sacola de vinho. Esse fato reforça sua participação nos atos criminosos.

A PF também indiciou o general por seu envolvimento em dois grupos ligados à tentativa de golpe: o Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado e o Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas. Nessa estrutura, Braga Netto teria escolhido alvos para ataques pessoais contra militares contrários ao golpe e influenciado outros setores a apoiar o movimento.

Confira a decisão na íntegra:

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Last Update: 14/12/2024