Montanha de Lixo na entrada da Sabesp em Carapicuíba expõe o caos da gestão privada

A Sabesp segue anunciando investimentos bilionários no Complexo Barueri — mais de R$ 1 bilhão, segundo a própria empresa. Mas basta chegar na entrada de Carapicuíba, que integra o mesmo complexo, para enxergar a verdadeira face da gestão privada: lixo acumulado, abandono total e risco direto à saúde dos trabalhadores e da população.

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As imagens são escandalosas. A porta de entrada de uma das principais unidades de saneamento do estado está tomada por uma montanha de resíduos, criando um ambiente perfeito para proliferação de pragas, doenças e acidentes. O cenário desmonta, de forma cruel, o discurso de eficiência e modernidade que a empresa tenta vender enquanto desmonta um serviço construído há mais de cinco décadas.

Risco sanitário em plena temporada de chuvas

O descaso é ainda mais grave porque o estado atravessa o período mais crítico de chuvas de verão — quando enchentes e doenças se agravam. Segundo o alerta da Sala de Situação Estadual (centro de inteligência e gestão, focado em saúde (como arboviroses: dengue, zika, chikungunya) ou recursos hídricos (secas, inundações) – , São Paulo já registra em 2025:

  • 844.175 casos confirmados de dengue
  • 1.082 mortes
  • 6.984 casos de chikungunya
  • 3 casos de zika

Nesse contexto, permitir o acúmulo de lixo em uma unidade essencial de saneamento é um crime contra a saúde pública.

Perigo para trabalhadores, crianças e a comunidade

A irresponsabilidade vai além do ambiente laboral. A poucos metros da montanha de lixo há uma escola, colocando crianças e jovens em contato direto com mosquitos, ratos e risco real de contaminação — justamente num momento de explosão de doenças transmitidas por vetores.

O que essa cena revela

A montanha de lixo não é um episódio isolado: é o retrato do modelo de gestão.

Um modelo que foca em lucro, propaganda e contratos, enquanto abandona estruturas básicas, expõe trabalhadores e desrespeita a população.

Sintaema segue firme na denúncia

Diante desse escândalo, o Sintaema reafirma sua posição: a privatização da Sabesp aprofunda o abandono e coloca em risco a vida das pessoas. O Sindicato segue vigilante, denunciando, fiscalizando e lutando por condições dignas para a categoria e por um serviço de saneamento público, seguro e comprometido com a saúde da população.

Sintaema — em defesa dos trabalhadores, da vida e do saneamento público.

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