
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) após articular com o governo de Donald Trump e parlamentares estadunidenses ações contra o ministro Alexandre de Moraes. Nos bastidores do Judiciário, magistrados aumentaram as críticas ao parlamentar, classificando sua campanha contra Moraes como “molecagem” e “traição ao Brasil”, por buscar interferência estrangeira em assuntos internos.
Segundo Bela Megale, do jornal O Globo, os ministros do STF destacam que, enquanto o Brasil mantém sua normalidade institucional, os Estados Unidos enfrentam crises no Judiciário.
Como exemplo, citam o caso da juíza do condado de Milwaukee, presa pelo FBI no mês passado por obstruir agentes de imigração e ajudar um cidadão mexicano a escapar da deportação. O episódio ilustra a tensão entre o governo Trump e o sistema judicial dos EUA.
Questionados sobre possíveis punições ao fugitivo por suas ações nos EUA contra Moraes, magistrados afirmaram que, por enquanto, não há medidas concretas em discussão, mas não descartam mudanças no futuro. A situação ganhou novos contornos após o senador republicano Marco Rubio, aliado de Trump, admitir a possibilidade de sanções contra Alexandre de Moraes.
🇺🇸AGORA NOS EUA: Sec. @marcorubio diz que está NESTE MOMENTO analisando sanções contra Moraes sob a ótica a Lei Magnitsky (violações de direitos humanos)
Pergunta foi feita pelo Dep. @CoryMillsFL que semana passada se reuniu com os Dep. @BolsonaroSP e @filipebarrost. Venceremos! pic.twitter.com/BaAoHjOBM7
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) May 21, 2025
Em resposta, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, apresentou uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a análise da necessidade de prisão preventiva contra Eduardo.
No início do ano, Farias já havia protocolado uma notícia-crime solicitando a apreensão do passaporte do deputado, mas o pedido foi rejeitado por Moraes. Mesmo assim, Eduardo se mudou para os EUA, alegando perseguição política.
