O ex-presidente Jair Bolsonaro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), com provas apresentadas que reforçam a necessidade de sua responsabilização pelos atos antidemocráticos ocorridos ao final de seu governo e no início da gestão Lula. Diante desse cenário, movimentos sociais e centrais sindicais organizam uma grande mobilização nacional no dia 30 de março, em todas as capitais do país, para exigir punição aos envolvidos. As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo estão à frente da organização do ato, que tem como palavra de ordem “Sem Anistia para Golpistas”. A manifestação visa reafirmar a defesa da democracia e pressionar as instituições para garantir que os responsáveis pelos ataques ao Estado Democrático de Direito sejam devidamente punidos.
Para Carlos Rogério Nunes, secretário adjunto de Políticas Sociais, Esporte e Lazer da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a mobilização tem um caráter essencialmente pedagógico para o futuro do país. “O fato relevante para essa campanha nacional, sem anistia para golpistas, é justamente o fator educacional. Não podemos aceitar que quem cometeu a falta de não observar as leis no Brasil, tentar fazer golpes, tem que ser punido de acordo com essa lei, porque se não houver punição, eles tentarão novamente. Eles ficarão zombando do Estado Democrático de Direito e tentando fazer em outras oportunidades até que um dia consigam dar um golpe de Estado. Então é importantíssimo que a legislação brasileira, o Supremo Tribunal Federal, decida pela prisão e os culpados sejam presos pela tentativa de golpe que ocorreu no final do governo Bolsonaro e no início do governo Lula, há três anos, dois anos e meio atrás”, afirmou.
A mobilização busca reunir diversos segmentos da sociedade civil, reforçando a necessidade de justiça e garantindo que a história não se repita. A presença popular será fundamental para demonstrar que o Brasil não aceita retrocessos e exige respeito à democracia.