Na última quinta-feira (15), os governos federal e estadual de São Paulo assinaram um acordo para realocar as famílias da Favela do Moinho, no bairro Campos Elísios, região central da capital. O plano prevê até R$ 250 mil por família para aquisição de moradias, com R$180 mil do governo federal, via Minha Casa Minha Vida, e R$70 mil do governo estadual, pelo Casa Paulista.
Ministro das Cidades, Jader Filho declarou: “vamos trabalhar juntos para resolver a questão da Favela do Moinho, ampliando o aluguel social e garantindo até R$250 mil por casa, com saída pacífica das famílias”. O aluguel social foi elevado a R$ 1.200 por família durante a transição.
As remoções começaram em 22 de abril, com demolições de casas desocupadas iniciadas na última segunda-feira (12) pela CDHU, em terreno da União. Um ofício de 3 de maio da Secretaria de Patrimônio da União autorizou a “descaracterização” das moradias, mas o Ministério da Gestão suspendeu a cessão, rejeitando o uso de força policial.
A Secretaria de Habitação estadual apontou problemas como tuberculose e tráfico na área. O acordo, que garante diálogo contínuo, é resultado da resistência dos moradores, apoiada por movimentos sociais. A conquista reflete a força da mobilização popular, assegurando moradia digna às famílias após meses de tensão.