Mesmo sabendo que o presidente Donald Trump não autorizou a abertura de diálogo com o Brasil, uma comitiva de oito senadores já tem agenda marcada, em Washington, de segunda-feira (28) a quarta-feira (30), em reuniões com setores público e privado dos Estados Unidos, para negociar as tarifas de 50% que o presidente Donald Trump quer impor ao país. A programação começa na Embaixada do Brasil e inclui reuniões com representantes da Câmara de Comércio dos Estados Unidos e do Conselho Comercial Brasil-EUA. A missão busca “preservar empregos. Este é o nosso norte”, afirmou o presidente da comissão, deputado Nelsinho Trad (foto/reprodução internet), PSD-MS. A abordagem brasileira deverá buscar proximidade com políticos americanos dispostos à negociação institucional e a exposição de dados que demonstram as perdas para os dois lados caso as tarifas entrem em vigor.
Estudos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) estimam que as perdas causadas pelas tarifas unilaterais podem chegar a R$ 175 bilhões em dez anos, com recuo de 1,49% no PIB brasileiro no longo prazo. Se o Brasil reagir com instrumentos da Lei de Reciprocidade, o prejuízo seria de R$ 259 bilhões.